Uma cultura organizacional é composta de vários fatores. Entre eles estão as normas criadas pela empresa e as crenças desenvolvidas pelas pessoas que fazem parte dela. Além disso, ela conta com um enorme potencial de influenciar os comportamentos e o desempenho dos funcionários de uma corporação.
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A cultura organizacional, quando trabalhada de forma estratégica, tem relevância para determinar os rumos de um empreendimento, fazendo com que ele se torne mais competitivo, atrativo e forte ao longo do tempo.
O que é cultura organizacional?
A cultura organizacional é aquilo que a empresa é em essência, ou seja, a maneira como ela se porta em suas relações, seja com pessoas ou negócios. Ela também determina o tipo de comportamento aceito internamente, como os negócios são conduzidos e as prioridades para que o propósito do empreendimento se cumpra.
A cultura organizacional também está muito atrelada a aspectos como missão, visão e valores. Assim, ela é o ponto de encontro da conduta e das políticas da empresa, para fazer o negócio acontecer. Quer um exemplo prático?
Para uma startup que tem a sustentabilidade dentro da sua cultura, é inaceitável desenvolver produtos que causem danos irreversíveis ao meio ambiente. Mas, para um negócio com objetivo apenas de lucratividade, isso talvez não seja considerado tão grave.
É a cultura organizacional que vai balizar, inclusive, aqueles aspectos mais informais do dia a dia do negócio. Não se trata apenas de determinar as regras que você espera que sejam cumpridas. Elas também precisam estar alinhadas ao seu público interno, ou você terá dificuldades para consolidar a proposta. Você pode fazer essa comunicação ser mais efetiva por meio de ações de endomarketing.
Isso é o que torna tão comum, por exemplo, que as empresas tenham que reformular o seu quadro de colaboradores quando decidem passar por uma transformação na cultura organizacional. Só que, apesar disso, existem situações em que é impossível mudar a cultura sem mexer em algumas peças internamente.
Qual é a importância de ter uma cultura organizacional?
Se a cultura organizacional é como a empresa se coloca no mercado, ela também é uma maneira de orientar os colaboradores sobre como eles devem agir. Isso configura uma espécie de guia natural que cada novo profissional recebe quando chega à empresa, muitas vezes sem que ninguém precise falar sobre isso com ele.
Isso é extremamente benéfico e, ainda por cima, estimula outras vantagens que merecem destaque. Acompanhe!
Ajuda a atrair e reter talentos
Uma cultura organizacional forte atrai as pessoas certas para o seu negócio. Quando você consegue comunicar de forma eficiente o que sua empresa representa e qual é o seu papel no mercado, os profissionais passam a se interessar por ela por uma questão de afinidade. Na mesma proporção, o desinteresse também acontece por aqueles que não partilham dos mesmos valores e crenças.
A lógica segue depois da contratação. Ou seja, ainda que um candidato minta sobre os seus interesses durante o processo seletivo, no dia a dia ele não vai conseguir se manter motivado e satisfeito em uma cultura com a qual não concorda. E o contrário também é verdadeiro — se ele tem afinidade com a cultura, a retenção se torna muito mais simples.
Promove a autogestão
Empresas que contam com uma cultura organizacional bem estruturada também conseguem fortalecer o comprometimento do seu time com os objetivos do negócio. Isso faz com que cada profissional saiba exatamente o que precisa fazer para melhorar os resultados da empresa, e com quais responsabilidades precisa arcar. É isso que conhecemos como autogestão.
Com isso, os gestores ficam livres de ter que dar ordens recorrentes, fazer correções constantes, ou até mesmo perder tempo reforçando regras explícitas — ou implícitas — para as pessoas. Todo mundo simplesmente sabe como agir, o que é bem aceito e, principalmente, o que é esperado de cada setor, função e colaborador.
Torna os processos mais ágeis
Esse benefício é uma espécie de consequência do anterior. E a razão para isso é bem clara: as pessoas perdem muito tempo reforçando orientações que deveriam ser naturalmente incorporadas por novos colaboradores. Quando a cultura é forte, isso acontece; mas, quando não, é necessário ficar relembrando “o que pode e o que não pode”.
No momento em que a equipe simplesmente entende e começa a agir de acordo com a cultura organizacional, os processos se tornam mais fluídos, ficando mais simples, práticos e leves. Como os conflitos por comportamentos inadequados se dissipam, o tempo perdido realinhando as expectativas diminui consideravelmente.
Promove a melhoria no ambiente de trabalho
Uma das principais vantagens conquistadas por uma boa cultura organizacional é a prevenção daqueles problemas mais banais que ocorrem no ambiente de trabalho, como os conflitos de convivência e a falta da proatividade. Superando essas questões, o que sobra é um clima organizacional mais leve e harmônico.
Isso contribui para que os colaboradores fiquem mais engajados com a empresa e os relacionamentos interpessoais melhorem. Com isso, as pessoas se sentem mais satisfeitas e a gestão é facilitada. Em última instância, todos esses elementos vão resultar em um ambiente de trabalho mais agradável e capaz de motivar uma equipe.
Quais são os tipos de cultura organizacional?
É claro que nem todas as empresas são iguais e, com isso, as suas culturas também não. Isso não significa que uma cultura é melhor do que outra, ou que apenas um tipo vai funcionar para todas as empresas. As possibilidades são variadas; e a forma de lidar cm cada uma delas, também. Veja só!
Cultura de tarefas
A cultura de tarefas é aquela que se baseia na premissa de que cada profissional executa tarefas específicas. Com isso, é possível obter seu melhor desempenho e ainda aproveitar todos os seus conhecimentos pontuais e exclusivos sobre aquela função.
Um dos resultados dessa cultura é o ganho de credibilidade dos profissionais para atuar de forma mais criativa, colocar suas opiniões, fazer sugestões etc. Obviamente, isso contribui para a motivação e a realização profissional desses indivíduos.
Por outro lado, quem gosta de manter um controle mais rigoroso sobre as equipes e um monitoramento constate, precisa saber que nesse modelo isso não é tão simples. A cultura de tarefas não combina com uma gestão rígida, que pode acabar sufocando os talentos.
Cultura de poder
No caso da cultura de poder, a criatividade e a valorização das habilidades de cada colaborador não é tão relevante quanto os resultados. Em outras palavras, é possível dizer que, nesse modelo, é preferível sacrificar um pouco a liberdade do colaborador em prol do seu rendimento disciplinado.
Isso é possível por meio de uma liderança um pouco mais rígida, responsável por tomar as decisões e delegar ordens. Se for preciso, ela também ficará em cima das equipes, mesmo que isso signifique acumular mais funções do que seria necessário em outros tipos de cultura.
Se de um lado esse tipo de cultura dá resultados que podem ser expressos em números, de outro, pode frustrar e desmotivar aqueles profissionais mais qualificados. Em suma, quanto mais um colaborador investe na própria carreira e no seu desenvolvimento, mais credibilidade e autonomia ele espera na empresa.
Cultura de papéis
Existe ainda a cultura de papéis desempenhados na empresa, que não está focada nem nas tarefas, nem no poder de uma liderança centralizadora de responsabilidades. Aqui, os elementos que têm valor mais alto na empresa são a hierarquia, as regras e as políticas determinadas pelos cargos mais altos.
Consequentemente, essa é uma cultura mais inflexível e autoritária, já que ela dita as regras e espera que elas sejam obedecidas à risca. É uma cultura bastante frequente em empresas de setores que não podem abrir margem para erros, como acontece em escritórios de contabilidade, advocacia etc.
Nesses casos, é muito importante seguir ao máximo as diretrizes que são compartilhadas, porque isso afeta diretamente a imagem que a empresa quer construir e comunicar ao mercado. Também é fundamental que os processos seletivos sejam mais criteriosos, especialmente em relação a essa cultura.
Cultura de pessoas
Existe ainda a cultura de pessoas, que é adotada principalmente por aquelas empresas que têm como objetivo promover a valorização do seu pessoal. Para isso, há investimentos em treinamento, desenvolvimento, oportunidades de crescimento etc.
Cada colaborador tem espaço para propor suas próprias ideias e, mais do que isso, implementar seus projetos. Sempre que a direção julga uma ideia promissora, esses profissionais ganham uma espécie de carta branca para concretizar o plano.
Esse é um tipo promissor de cultura, em que a empresa busca profissionais altamente capacitados e confia nessas capacidades. Obviamente, isso impacta a produtividade, a realização pessoal com o trabalho, a retenção de talentos e até mesmo a diferenciação do negócio em relação aos seus concorrentes.
Como desenvolver uma cultura organizacional alinhada com a empresa?
Se a cultura organizacional é tão importante, seja ela intencional ou não, você precisa saber como alinhar a que existe na sua empresa aos objetivos existentes para o negócio. E isso pode ser feito por meio de alguns passos simples, que você confere a seguir!
Foque quem foi embora
Apesar de parecer contraintuitivo, se você quer criar uma boa cultura organizacional, está na hora de começar a dar mais atenção ao feedback de quem já “abandonou o barco”. Em outras palavras, é extremamente relevante que você entenda os motivos que levaram seus ex-colaboradores a pedirem demissão.
Você vai descobrir que isso pode estar atrelado a uma variedade enorme de fatores, como remuneração, clima organizacional, normas muito rígidas, ausência de liderança, entre outros. Isso fala muito sobre como a sua empresa é e que tipo de comportamento ela aceita no dia a dia.
Se chegar com atraso, discutir com os colegas, entregar poucos resultados ou simplesmente se acomodar na profissão é algo que não tem consequências na sua empresa, você precisa estar ciente que algumas pessoas se sentirão insatisfeitas com isso. Possivelmente, você perderá ótimos talentos em função desse tipo de situação.
Resgate a mentalidade dos fundadores
O próximo passo é começar a trabalhar a mentalidade dos fundadores, diretores e líderes. São eles que construirão a consistência necessária para que as equipes se inspirem e adotem novos comportamentos. Além disso, é preciso considerar qual foi o propósito inicial que fundou o negócio, ou seja, qual era o objetivo por trás da empresa.
Gostando ou não, os fundadores dão uma assinatura importante para a empresa, ditando o seu ritmo. A essência de qualquer empreendimento é proveniente dessa mentalidade inicial, que pode ser adaptada, mas não abandonada.
É ela que vai determinar se o negócio está aberto às inovações, às tecnologias, a uma rotina mais dinâmica; ou se a marca preza por tradicionalismo, por exemplo. Quando você resgata o objetivo central do negócio, fica muito mais fácil entender como fortalecer a cultura organizacional e ser consistente com ela.
Defina suas regras
É claro que você também precisará definir algumas regras para o jogo, ainda que opte por ter uma empresa bastante flexível, com autonomia para os colaboradores e liberdade geográfica. Isso porque existem pontos de uma cultura organizacional que precisam ser evidenciados.
A forma mais fácil e eficiente de fazer isso é transformando sua missão, visão e valores em um lema do negócio. Esses elementos precisam estar gravados na memória de cada colaborador, como um lembrete eficiente do que precisa ser feito, orientando todos os passos dos profissionais nos diferentes níveis de trabalho.
Só não se esqueça de que esse tripé precisa ser concreto; ou seja, não adianta definir valores muito bonitos na teoria se eles não funcionam na prática. Ter uma missão, visão e valores reais é sempre mais eficiente do que ter um conjunto bonito.
Trabalhe o employer branding
Se você quer ter uma cultura organizacional diferenciada, entregue benefícios para o seu time. Quanto mais você entregar satisfação para a sua equipe, mais engajamento você conquista. No longo prazo, isso se converte em uma marca empregadora forte.
Aqui vão algumas ideias de investimentos que você pode fazer nesse sentido:
- organize um espaço físico e virtual atrativo, com alta tecnologia, decoração interativa, alternativas de espaços de trabalho, entre outros pontos;
- adote um modelo de horários flexíveis, em que cada colaborador possa aproveitar seus picos de produtividade e entregar mais resultados, como o trabalho remoto;
- incentive o networking dentro e fora da empresa (o LinkedIn, inclusive, é uma boa ferramenta para isso;
- propicie um ambiente de crescimento, com oportunidades de formação, para que os profissionais possam trabalhar o seu marketing pessoal e melhorar o seu currículo;
- ofereça um bom plano de carreira;
- ajuste o seu dress code para a imagem que você quer transmitir, que pode ser mais formal para uma empresa industrial, por exemplo, de forma a comunicar tradição, e informal para negócios no setor de marketing digital, reforçando a criatividade.
Qual é a relação da cultura organizacional com o fit cultural?
O fit cultural é aquele alinhamento fino entre o perfil e as características de um candidato com a empresa. Quanto mais próximo ele estiver das expectativas do negócio, maiores serão as chances de ele se adaptar e fortalecer a cultura organizacional do negócio ao passo que investe na sua carreira.
Uma cultura forte e consistente serve como uma espécie de ímã para atrair os talentos certos para a empresa. Em outras palavras, compartilhar as mesmas crenças e valores promove afinidade e instiga o interesse em fazer parte.
E isso é importante para evitar problemas como insatisfação profissional, alta rotatividade, absenteísmo, e assim sucessivamente. Uma boa ideia nesse caso é usar uma avaliação de fit cultural para recompensar aqueles profissionais mais alinhados. Você pode fazer isso oferecendo promoções, bonificações ou recompensas.
Com as informações que apresentamos, você já pode começar a criar um alinhamento na sua cultura organizacional e fortalecer sua marca empregadora por meio dela. Por ser um aspecto central para os negócios no mercado atual, é importante que a cultura organizacional faça parte das prioridades do negócio. Então, aplique as nossas dicas quanto antes!
Também sabemos que a valorização da carreira é uma prioridade para muitos colaboradores. Então, aproveite para baixar nosso Guia de carreiras para profissionais de marketing digital!