Na vida, todos queremos ser felizes, por isso, procuramos empregos com os quais nos identificamos e construímos carreiras em cima disso. Dentro das empresas, será que as pessoas estão preocupadas com a felicidade organizacional dos seus times?
Parece que sim! Recentemente, uma pesquisa realizada pelo World Health Organization indicou que as empresas do mundo todo perderam mais de US $1 trilhão em função de oferecerem um ambiente organizacional ruim.
Da mesma forma, o estudo mostrou que, para cada US $1 investido em tratamento intensivo para transtornos mentais comuns, há um retorno de US $4 em melhoria da saúde e produtividade.
Justamente em função desses resultados, diversas empresas no mundo começaram a abrir os olhos para o conceito de felicidade organizacional ou felicidade no trabalho, e como essa estratégia é tão importante. Continue a leitura para saber um pouco mais sobre o conceito e a importância dele para o seu negócio!
O que é felicidade organizacional?
De uma forma bem simples, a felicidade organizacional é o estado alcançado pelas empresas que proporcionam realização e emoções positivas aos seus colaboradores sempre que eles pensam nas atividades que exercem. Fazer a gestão da felicidade organizacional pode influenciar positivamente a relação dos funcionários com a empresa.
Podemos dizer que é feliz no ambiente organizacional aquele colaborador que tem uma boa experiência com sua função, com seus colegas e com suas condições de trabalho.
Muitas vezes, isso está associado a sensações de:
- utilidade;
- desafio;
- realização;
- superação;
- bom relacionamento interpessoal;
- valorização;
- crescimento.
É claro que a felicidade é um conceito subjetivo, por isso, muitas vezes depende da autorrealização do colaborador. De modo geral, é mais fácil alcançá-la sanando algumas necessidades básicas de todo profissional.

Qual é a importância desse conceito para o seu negócio?
Já vimos aqui que uma empresa que consegue fazer seus colaboradores mais felizes obtém, deles, um aumento de produtividade. Esse, entretanto, não é o único benefício do conceito para o negócio.
Na verdade, esse é um ótimo meio de trabalhar a melhoria contínua no que diz respeito à gestão de pessoas e felicidade organizacional, e chega a impactar positivamente (e indiretamente) em outros setores, como o de custos e a gestão de processos. Em resumo, para fazer o colaborador feliz, a empresa se obriga a tornar seus fluxos de trabalho mais ágeis e intuitivos. Isso reflete na produtividade e barateia custos.
Colaboradores engajados vestem verdadeiramente a camiseta da empresa e vendem a marca como se fosse deles. O negócio tem um ponto positivo no que diz respeito à marca empregadora: sua imagem diante do público consumidor melhora, aumentando as vendas.
É preciso considerar que colaboradores motivados se dedicam constantemente a melhorar, o que aumenta o capital intelectual do negócio — fator competitivo bem difícil de ser superado. Podemos dizer que todos esses fatores se transformam no aumento da participação da empresa no mercado e, é claro, na expansão da sua lucratividade.
Como promover a felicidade organizacional?
- Invista no diálogo interno.
- Elimine as barreiras de hierarquia.
- Estimule hábitos saudáveis.
- Ofereça um programa de meditação e mindfulness.
- Invista em novas tecnologias.
Confira as dicas de como fazer uma boa gestão da felicidade organizacional dos seus times agora mesmo!
Invista no diálogo interno
Mais importante do que apostar em discursos motivacionais para promover a felicidade organizacional é investir em uma boa comunicação interna, mas não de uma forma unilateral. O objetivo é, justamente, criar um espaço em que os colaboradores se sintam confortáveis para expressar suas insatisfações e sugestões para o negócio.
É dessa maneira que a empresa consegue implementar melhorias alinhadas com a realidade que os colaboradores estão experimentando no dia a dia de trabalho. Nesse sentido, as pessoas são o melhor medidor de satisfação possível — desde que você tenha disposição para escutá-las ou aplicar questionários sobre felicidade organizacional, por exemplo.
Elimine as barreiras de hierarquia
A hierarquia pode ter sido muito útil para quando os ambientes organizacionais começaram a ser desenvolvidos e era preciso atribuir clareza sobre quem mandava e quem obedecia. Hoje, no entanto, sua aplicação é considerada obsoleta, já que a maior parte dos colaboradores sabe qual é o seu papel na empresa e o que é esperado deles.
Procure estabelecer uma relação mais horizontal e colaborativa, em vez de autoritária. As lideranças precisam atuar lado a lado com o seu time, construindo, juntos, o desenvolvimento de resultados. Esse profissional precisa servir mais como um orientador do que como um chefe.
Estimule hábitos saudáveis
Um profissional só exerce suas funções com o máximo de potencial se ele estiver bem em todos os aspectos da vida. Isso significa que não adianta você oferecer diversos treinamentos se ele está sofrendo com a sobrecarga de trabalho ou está sem tempo para manter hábitos de pessoas bem-sucedidas, como exercícios físicos e tempo de qualidade com as pessoas que ama.
Seja o primeiro a estimular uma vida equilibrada, seja por meio de discursos de conscientização, seja por meio de incentivos reais. Bons exemplos disso são os programas de desconto na academia, a instalação de um refeitório organizacional (com uma dieta balanceada) ou mesmo iniciativas de saúde e bem-estar.
Ofereça um programa de meditação e mindfulness
Uma das maiores dificuldades dos colaboradores é desenvolver sua inteligência emocional e o seu equilíbrio de vida quando a rotina de trabalho os impedem de fazer isso. Muitos profissionais passam boa parte do dia no trânsito ou cumprindo outros compromissos. O impacto da pandemia de coronavírus também é sentido nesse aspecto, quando colaboradores trabalhando de maneira remota se sentem pressionados a trabalhar por mais horas por dia.
Desenvolva um programa de meditação e mindfulness que possa ser realizado dentro da própria empresa, estimulando a resiliência da equipe. Isso pode ser adaptado como um momento de descanso para todos os setores, promovendo mais bem-estar para que cada um cumpra com a sua rotina e alcance um bom desempenho.
Invista em novas tecnologias
Muitos profissionais trabalham desmotivados em função da dificuldade que encontram para exercerem suas funções. Processos burocráticos, a lentidão de sistemas ou simplesmente a indisponibilidade de recursos e ferramentas que agilizem as coisas são as principais causas.
Investir em tecnologia pode impactar diretamente no desempenho dos seus times. Isso inclui desde a implementação de bons sistemas de gestão até recursos como laptops, tablets e smartphones, que permitem que as atividades sejam feitas de qualquer local.
Como você viu, a felicidade corporativa tem uma contribuição significativa para os melhores resultados do negócio. Com isso, todo o esforço feito para a implementação dela acaba valendo a pena, já que se converte em benefícios como:
- otimização dos processos internos;
- ganho expressivo de produtividade;
- mais satisfação e retenção de talentos;
- construção de uma boa marca empregadora;
- aumento na competitividade;
- consolidação de um rico capital intelectual.
Sendo assim, resta implementar as primeiras medidas o quanto antes e buscar diferentes alternativas, que realmente contribuam para que os seus colaboradores sejam mais felizes, satisfeitos e produtivos.
Por falar em felicidade organizacional e ganho de desempenho, temos uma sugestão de leitura especial para você: "Produtividade: um manual supercompleto sobre como ser produtivo".