Storytelling: guia completo para utilizar na sua estratégia

Narrativas visuais em marketing
Rakky Curvelo
Rakky Curvelo

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Era uma vez um leitor que tinha interesse nos assuntos storytelling e marketing. Pesquisando muito, ele clicou em um link que o levava a um texto com diversas dicas, ensinando tudo o que precisava ser feito.

tudo o que você precisa saber sobre storytelling

A princípio, esse leitor se encantou. Tudo parecia incrível. Ao mesmo tempo, sentiu que era difícil colocar essa estratégia em prática e resolveu não fazer nada.

Mas, ao olhar para o lado, constatou que muitas pessoas estavam obtendo sucesso aplicando o storytelling. Então, tentou deixar a insegurança para lá e arriscar. Nas primeiras vezes, ele cometeu alguns erros, mas foi aprendendo e logo começou a fazer diferente.

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    Com o passar do tempo, esse leitor ganhou experiência, conquistou ótimos resultados e fez tanto sucesso que passou a ser convidado a dar mentorias sobre o tema. Agora, ele é feliz ensinando vários empreendedores a usar o storytelling para implementar uma estratégia e fazer a empresa crescer e lucrar.

    Pegou a ideia? Agora continue lendo para compreender melhor o conceito, as técnicas de storytelling e como usar a narração de histórias em suas estratégias!

     

    Ao contrário do simples entretenimento, o storytelling é uma técnica que, se bem elaborada, traz resultados surpreendentes. Afinal, o objetivo é transmitir uma mensagem de modo que ela fique marcada na pessoa e se torne inesquecível.

    Podemos até unir storytelling e marketing, sabia? Nesse caso, narrativas são construídas para atrair leads e vender mais. Isso acontece porque criamos uma conexão emocional, o que desperta vontades subjetivas.

    A introdução deste artigo foi criada utilizando técnicas de storytelling. Se você tem pesquisado sobre esse assunto, provavelmente se identificou com essa narrativa, que prendeu a sua atenção e despertou o desejo de continuar acompanhando o que estava acontecendo para descobrir o final.

    O mais interessante é que você pode utilizar as técnicas de storytelling de diversas formas. Afinal, os limites estão na sua imaginação para criar os contos e nas técnicas de copywriting aplicadas, elaborando as narrativas conforme o tipo de mensagem que gostaria transmitir para o público.

    As histórias são marcantes e ficam registradas na memória. Você se lembra daquelas que escutava na sua infância? E dos filmes da Disney e Pixar de que mais gostava? Consegue lembrar como era a sensação de ler vários gibis, conhecer personagens, se conectar com eles e torcer por alguns?

    Se você era fã da Turma da Mônica, por exemplo, provavelmente tinha uma ideia particular sobre a Magali, o Chico Bento e o Louco. É provável que até tivesse um deles como seu preferido.

    Assim, podemos perceber que, quando praticamos o marketing baseado em narrativas, temos um poder maior de persuasão, o que pode ser aproveitado na produção de conteúdos, nas vendas e em consultorias.

    Histórias existem desde sempre e, para crianças e adultos, são muito instigantes por diversos motivos. Acompanhe!

    Criam uma jornada

    O storytelling envolve muito, a ponto de conduzir a pessoa por uma jornada para acompanhar todo o desenrolar do enredo. É muito diferente transmitir um conteúdo ou mensagem de forma lúdica do que fazer isso de um jeito mecânico, apenas listando dados e informações.

    Geram identificação

    O que você sente quando vê um personagem passando por dificuldades semelhantes às que você vivencia ou já sentiu? Empatia e identificação, não é mesmo? Como consequência, você se apega a essa figura e tem vontade de acompanhar mais aventuras.

    Para a empresa, isso é muito positivo, já que confere personalidade à marca e ajuda na prospecção de clientes, que podem se tornar compradores.

    Engajam as pessoas

    Um bom storytelling também pode divertir, cativar e melhorar a experiência de compra. Quem lê se imagina ao lado — ou dentro — do personagem, o que aumenta seu interesse por saber o final da história.

    É só se lembrar daquelas séries de livros, como Harry Potter, ou dos melhores seriados de streaming. A nossa curiosidade e envolvimento com a trama são enormes. Acompanhamos tudo, mesmo que a história demore anos para se desenvolver.

    Envolvem as emoções

    Histórias também geram emoções. Segundo a neurociência, associar sentimentos a uma situação ou objeto cria, em nós, a memória afetiva.

    A produção da dopamina — neurotransmissor da recompensa — quando um personagem ultrapassa desafios facilita a associação de uma sensação positiva à marca e ao produto.

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    E quanto aos elementos do storytelling?

    Você já deve ter concluído que o storytelling pode oferecer muitas vantagens para sua estratégia de marketing, certo? Agora, vamos aprender um pouco sobre a parte prática. Veja os principais elementos de um bom enredo!

    Personagens

    Aqui, temos o personagem principal. Na maioria das vezes, é ele que inspira o público. Também podemos ter o antagonista, que fará o papel de obstáculo, podendo ser uma pessoa ou uma circunstância, como a dificuldade em captar clientes.

    Há vários personagens secundários. Eles não serão centrais, mas terão um papel importante para o personagem principal atingir suas conquistas. 

    Ambiente

    Em que ambiente tudo acontece? Pode ser uma escola, um escritório, a casa do personagem ou um lugar fictício, como uma cidade que nunca existiu. De qualquer forma, o espaço é importante porque ajuda quem acompanha a história a se situar melhor, ainda mais se você for aplicar a narrativa visual.

    Conflito

    É o tempero especial da trama. Assim como nenhuma vida é livre de problemas e nenhuma pessoa é perfeita, a história e o protagonista têm seus defeitos. É importante mostrar um pouco de vulnerabilidade do personagem. Além disso, ele precisa passar por desafios e, depois, ultrapassá-los.

    Mensagem central

    A maioria das boas histórias tem uma mensagem por trás. Algumas são incentivadoras, enquanto outras ensinam um conceito. Há, ainda, as histórias que trazem reflexões. No marketing, essa mensagem pode estar direta ou indiretamente relacionada ao produto.

    O que é a Jornada do Herói?

    A Jornada do Herói é uma estrutura para contar histórias. Seu conceito foi criado por Joseph Campbell, na obra O Herói de Mil Faces, e se baseou na teoria de arquétipos de Jung. Ela segue diversas etapas, que ajudam a organizar o enredo para torná-lo mais atrativo.

     

    Como são várias etapas, contaremos mais detalhes sobre elas usando o filme O Rei Leão como exemplo.

    1. O mundo comum

    É o início da história. Aqui, apresentamos o personagem principal. O antagonista e os secundários podem aparecer, mas não é uma obrigação, já que também faz sentido apresentá-los ao longo do enredo.

    Em O Rei Leão, o filme começa apresentando o filhote Simba, filho do rei Mufasa — e, portanto, futuro rei da savana.

    Nala também aparece aqui. É uma pequena leoa, amiga de Simba, que mais tarde exercerá um papel importante, ajudando-o em seu desafio. O filme usa técnicas para o espectador sentir empatia e se envolver com Simba, mostrando um pouco da sua ingenuidade e espírito aventureiro.

    2. O chamado à aventura

    É aqui que os grandes problemas se iniciam. A aventura começa quando o personagem se depara com um conflito. É uma missão que o convida a sair da zona de conforto. 

    O chamado à aventura tem relação com um desafio importante. O protagonista precisa ultrapassá-lo, seja para manter sua segurança, preservar uma comunidade ou conquistar algo.

    Em O Rei Leão, após Simba perder o pai ainda muito jovem, ele se depara com a realidade: assumir seu lugar como rei, já que o reino precisa de alguém para se organizar.

    3. A recusa ao chamado

    Desafios geram medos, hesitações e conflitos interiores. Assim como na vida real, a tendência é o personagem recusar o desafio — ainda que, no fundo, dominá-lo seja uma missão importante.

    Apesar da recusa, o personagem não se sente 100% tranquilo com isso. Lembranças e anseios podem voltar à sua mente, fazendo-o pensar em seu chamado.

    Em O Rei Leão, Simba não se acha preparado para ser rei. Depois do falecimento de seu pai, Mufasa, ele sente medo. Para piorar a situação, seu tio, Scar (o vilão), que deveria dar apoio, reforça nele a culpa pelo acontecimento. Simba foge para longe. Scar, então, assume o trono.

    4. O encontro com o mentor

    O mentor é aquele pequeno empurrão de que todo herói precisa antes de enfrentar o desafio. Pode ser uma força sobrenatural, um mago, um sonho ou um amigo. De qualquer forma, é um momento importante para o protagonista encontrar a força dentro de si.

    Em O Rei Leão, Simba conta com vários mentores diferentes. Cada um contribui para fazê-lo enxergar seu dever e poder. 

    Nala, que tinha saído do reino para procurar comida, encontra Simba e relata a ele como Scar prejudicou o reino. Timão e Pumba, amigos que o ajudaram a crescer e sobreviver, o apoiam em sua volta. O espírito de Mufasa também aparece e dá a Simba mais encorajamento para partir em sua missão.

    5. A travessia do primeiro limiar

    Apesar do medo, o protagonista se sente mais preparado e aceita o chamado. Nosso herói sai da zona de conforto e encara a realidade.

    Simba volta para o reino, a fim de lutar contra Scar e tomar o trono. Nisso, os espectadores veem o outro lado da sua personalidade: um leão adulto mais corajoso e com objetivos a conquistar.

    6. As provas, os aliados e os inimigos

    Não dá para vencer uma luta difícil estando só, não é mesmo? Nas histórias, mesmo os heróis contam com ajuda de seus amigos e aliados para superar os obstáculos. Mas eles também passam por desafios no meio do caminho, que são importantes para prepará-los para as provações. Inclusive, inimigos podem prejudicá-los.

    Esse ponto também mostra uma visão mais profunda do personagem, que “acorda para a vida” e descobre quem realmente está ao seu lado e quem atrapalha sua jornada. Isso ajuda a criar mais conexão com o protagonista.

    Simba conta com a ajuda de muitos amigos (Nala, Rafiki, Timão e Pumba). Internamente, ainda lida com a vergonha de ter fugido e com o medo de encarar algo que não conhece. As hienas e Scar estão em seu caminho, para desviá-lo do chamado.

    7. A aproximação da caverna secreta

    A aproximação da caverna secreta é uma espécie de recuo pelo qual nosso herói passa. Ele faz uma pausa e retoma seus questionamentos iniciais, o que pode ser representado por um conflito interior. É um momento importante para o herói entrar em contato com seus verdadeiros valores. 

    Em O Rei Leão, isso acontece no momento em que Simba conversa com o espírito de Mufasa, que diz a ele: “Olhe para você, Simba. Você é muito mais do que pensa que é. Você precisa ocupar seu lugar no ciclo da vida”.

    8. A provação suprema

    A provação suprema é o teste mais difícil pelo qual o protagonista passa. Pode ser um conflito interno ou uma luta física — até com risco de morte.

    Ao voltar ao reino, Simba precisa lutar contra as hienas e Scar. É um instante de muita tensão, e a Disney usa técnicas com sons e movimentos rápidos para prender a nossa atenção. Nós, espectadores, assistimos ao combate quase sem piscar os olhos.

    9. A recompensa

    A recompensa é a transformação e o gostinho da vitória. Pode ser simbolizada por uma espada, o ganho de uma habilidade, uma reconciliação, entre outras possibilidades.

    Em O Rei Leão, Simba derrota o inimigo Scar e reconquista o reino para si. Ele ressignifica sua culpa e assume sua verdadeira missão.

    10. O caminho de volta e o retorno com o elixir

    A volta para casa não oferece perigos. É um momento de alívio, que pode ser feito de reflexões. A sensação é de dever cumprido e o herói é reconhecido por todos. Aqueles que não acreditavam nele se assustam e constatam suas grandes qualidades.

    Depois de reconquistado, o reino volta a ter paz e os animais se sentem felizes, como na época de Mufasa. Simba e Nala têm um filho e, com isso, a vida de todos é renovada.

    Como o storytelling pode ser usado no marketing e no branding da marca?

    O storytelling, se bem aplicado, é um diferencial competitivo, já que ajuda a marca a se conectar com o público e facilita as vendas. Veja algumas dicas para usar a técnica no seu planejamento de marketing e no branding!

    Conte a história dos fundadores

    Como a empresa nasceu? Por quais dificuldades os fundadores passaram, como as ultrapassaram e o que os inspirou a construir a marca?

    Muitos gestores não reparam nisso, mas alguns desses detalhes ajudam a humanizar a marca, o que facilita a conexão com os consumidores. Eles se sentem muito mais propensos a consumir de alguém que admiram ou com quem têm empatia.

    Use diferentes canais

    Histórias podem ser contadas por textos, áudios, vídeos ou fotografias. Dá para usar uma diversidade de canais: blog da empresa, podcasts e YouTube, por exemplo.

    Não existe um formato que seja melhor do que o outro. Então, a sugestão é testar e analisar aquilo que tem maior receptividade entre o seu público. Também vale a pena avaliar o que faz mais sentido para suas estratégias de marketing com storytelling.

    Crie personagens que representem a audiência

    A grande jogada por trás do storytelling é fazer o público se conectar e se identificar com o protagonista. O personagem precisa inspirar, dar insights e levantar questionamentos interessantes.

    Para isso, nada melhor que pegar algumas das características da sua persona — como medos e objetivos — e colocá-las no personagem.

    Apresente cases de sucesso e depoimentos

    Dados reais de clientes que tiveram sucesso consumindo o produto ou serviço da marca ajudam a dar mais credibilidade. Eles são muito importantes, mas precisam ser apresentados de forma que chamem atenção e gerem emoções. O storytelling se mostra uma ótima estratégia para isso. 

    Conte histórias dos clientes, apresente cases de sucesso e relate os problemas que enfrentavam antes da aquisição. Fale sobre a experiência que tiveram durante o consumo e apresente os resultados obtidos com dados.

    Defina a mensagem que quer passar

    Toda estratégia de marketing tem um objetivo principal. Assim como as histórias infantis transmitem ensinamentos, o storytelling nos passa alguma mensagem.

    Na fábula da Cigarra e da Formiga, por exemplo, podemos ensinar a importância de se planejar e trabalhar para colher bons frutos no futuro. Em Chapeuzinho Vermelho, podemos alertar as crianças sobre a importância de não confiar em estranhos.

    Definir a mensagem antes de criar seu storytelling no marketing dará mais direcionamento ao enredo. Então, analise: qual é o objetivo da história? Sobre o que é preciso que o público reflita? A ideia é inspirar ou apresentar algum produto da marca?

    Você já viu que para fazer marketing baseado em narrativas, ou aplicar técnicas de storytelling para outros objetivos, é preciso ter estratégia. Fazer “qualquer coisa” não trará os resultados que você espera. Então, tudo deve ser muito bem planejado e executado.

    Para ajudar nessa tarefa, separamos algumas dicas e ferramentas para desenvolver um storytelling eficiente.

    1. Defina a persona

    Ter a buyer persona bem definida ajuda você a construir melhor os personagens e todo o enredo. Preste muita atenção aos pontos sensíveis da persona, como dores, sonhos, objetivos, qualidades e imperfeições. Esses elementos vão direcionar a história, criar empatia e gerar conexão.

    2. Consuma histórias

    Aqui, a ideia é você ter fontes de inspiração e uma base para saber como começar e terminar o seu storytelling. Leia livros e assista a filmes observando com atenção todo o desenrolar da trama.

    Tente entender os artifícios praticados que fizeram você se interessar, ou desinteressar, pelo final da história. Nesse momento, um olhar crítico ajuda muito. Além disso, tente identificar se o autor usou as etapas da Jornada do Herói — há maneiras infinitas de contar uma história — e como isso foi construído.

    3. Pratique a criatividade

    Criar boas histórias nem sempre é fácil, mas investir em uma escrita criativa contribui para facilitar esse processo. Como criatividade é pura prática, quanto mais você exercitar esse “músculo”, melhor.

    A criatividade é importante porque não apenas ajuda a cativar o público, como também diferencia o texto, evitando assim uma abordagem que seja muito neutra ou jornalística.

    4. Não vá direto ao ponto

    Quem vai se interessar por uma pessoa que mal se apresenta para a gente e logo começa a se vangloriar das próprias qualidades? Quem aceitaria se casar com um total desconhecido, sem saber nada da sua vida?

    A mesma lógica existe no marketing. Não importa a estratégia, o ideal é sempre começar criando uma conexão, confiança e identificação. É preciso investir no relacionamento com o cliente, para que ele perceba valor na marca e decida confiar nela.

    Então, quando for aplicar storytelling no marketing, desenvolva toda a trama, apresente os problemas e fale sobre as incertezas do personagem.

    Só depois é que você pode relatar as qualidades do produto — inclusive, isso nem sempre precisa ser feito de forma tão direta. Uma abordagem mais sutil pode fazer mais efeito nos seus contos de marketing, dependendo da personalidade da audiência.

    Seth Godin, um dos grandes precursores do Inbound Marketing, em seu livro “All Marketers are Liars”, nos ensina isso. Para ele, não é o preço ou os benefícios que fazem um produto ter sucesso e ser muito consumido, e sim a história e a autenticidade por trás de tudo.

    5. Aprenda algumas técnicas de contação de histórias

    A Jornada do Herói é um dos formatos mais usados para contar histórias. No entanto, não é o único. Então, pesquise sobre as diversas formas de estruturar a sua narrativa.

    Há algumas técnicas que são bem eficientes para chamar a atenção do leitor ou espectador. O plot twist, por exemplo, é uma reviravolta na trama. Ele apresenta algo inesperado, mas dentro do contexto, sendo muito usado em filmes de romance.

    Se você prestar atenção, o padrão é quase sempre o mesmo: há uma conquista romântica e os personagens passam por momentos felizes. Depois, acontece algo inesperado (o plot twist) que os separa. 

    A trama mostra episódios de conflitos internos e externos e, no fim, os protagonistas ficam juntos de novo. Essa estratégia leva o espectador a ter vontade de assistir ao filme até os últimos minutos, enquanto torce pelo casal.

    O gancho é outra técnica. Nela, o autor conta uma parte da história e, em determinado momento, faz uma pausa. Isso pode ser feito pela separação em capítulos: interrompendo uma linha narrativa, o autor começa a contar outra parte da história ou apresenta um novo personagem, para depois dar continuidade ao que estava contando.

    6. Avalie o contexto

    Pense, por exemplo, na sua comida ou atividade preferida. Por mais que morra de amores por ela, não é algo pelo qual sinta vontade durante as 24 horas do dia, certo?

    Podemos aplicar a mesma lógica ao storytelling. É uma ótima técnica para trazer resultados, mas ela nem sempre fará sentido. Por isso, é importante avaliar o contexto e entender quais são os melhores momentos de contar histórias.

    Com esse cuidado, você evita banalizar a estratégia para a sua audiência, que pode acabar perdendo interesse pelo que você tem a dizer se fizer storytelling em excesso.

    Unir storytelling e marketing de conteúdo é muito interessante porque contribui para atrair mais público, engajar a audiência, melhorar a imagem do negócio, vender uma ideia, gerar conversões, e assim por diante.

    Em resumo, a narração de histórias no marketing de conteúdo pode fazer com que as suas criações sejam ainda mais interessantes e atrativas para o público. Mas para ter bons resultados, é necessário implementar essa técnica da maneira correta.

    Para ajudar você, listamos a seguir o que precisa ser feito para aplicar o storytelling na criação de conteúdos para o seu negócio. Aliás, você vai perceber que a estratégia não foge muito daquilo que a gente já discutiu até agora.

    1. Identificação da história central

    No marketing de conteúdo, o storytelling também começa com a definição da história central. Como você já sabe, são várias as possibilidades. Então, o segredo aqui é definir quais são os objetivos da campanha que você está lançando.

    Assim, é possível estabelecer qual mensagem será enviada para o público que vai acompanhar a narração. Afinal, podemos falar sobre a própria história do negócio e dos talentos, descrever cases de sucesso e mostrar depoimentos de funcionários.

    Também vale trazer algumas histórias fictícias, abordar situações vivenciadas pelo seu público-alvo, assim como outros elementos que gerem identificação.

    2. Tom da narração

    Existem quatro principais tipos de narrativas que você pode trabalhar no seu storytelling. Eles se relacionam de forma direta com a história que será contada. Veja a seguir!

    Informação

    É o conteúdo que trabalhamos para trazer um pouco mais de informação sobre um produto ou uma solução oferecida pela empresa. Você pode apostar em recomendações de uso ou dicas, por exemplo.

    Comunicação

    O objetivo desse formato é criar um senso de comunidade ao redor da sua marca ou de determinados elementos. A intenção é fazer com que as pessoas engajem e conversem, gerando uma comunicação espontânea a partir de interesses em comum.

    Serviço

    Aqui, você vai ajudar a sua audiência a solucionar um determinado problema ou ter mais praticidade em alguma situação. O objetivo é prestar algum tipo de serviço sem pedir nada em troca.

    Entretenimento

    É o tipo de storytelling que vai engajar e entreter a audiência. Aqui, vamos promover algum tipo de experiência para essas pessoas e trazer momentos marcantes, seja em função de emoções mais profundas ou de algo divertido. O importante é que o conteúdo tenha significado.

    3. Conhecimento do público-alvo

    Quem são as pessoas que você pretende impactar com os seus contos de marketing? Essa análise tem relação com o objetivo que foi estabelecido para definir a história central.

    No marketing de conteúdo, trabalhamos com os leads nos diferentes estágios do funil de vendas e da jornada de compra. Então, são pessoas com características diferentes, que você precisa ter muito bem definidas para elaborar a narrativa com a qual elas vão se identificar.

    Quais são as dores, os objetivos, os desafios e os desejos? Que tipo de mensagem essas pessoas precisam ouvir agora? De que forma podemos transmitir isso da melhor maneira possível? Não se esqueça de que o storytelling precisa ser interessante, atrativo e envolvente.

    4. Uso de personagens e cenários

    Quando trabalhamos o storytelling no marketing de conteúdo, é preciso criar os personagens seguindo a lógica que explicamos. Ou seja, você deve ter um protagonista, um possível antagonista e os personagens secundários, que vão ajudar a compor toda aquela trama da narração que você está criando.

    Os cenários farão toda a diferença também. É muito importante ter cuidado na hora da sua elaboração para que estejam relacionados com a ideia central da história e façam sentido para a pessoa que vai ler.

    Afinal, o ideal é que quem consome esse conteúdo se veja no lugar do personagem principal. Então, a pessoa deve conseguir se encaixar naquele cenário que você está construindo.

    5. Narrativa envolvente

    Deixe a sua imaginação e criatividade fluírem para você construir uma narrativa bem envolvente. Sabe aquelas histórias que a gente não consegue parar de ler enquanto não descobre o final? É exatamente assim que precisa acontecer!

    É importante que as ideias sejam organizadas de uma forma intrigante, que desperte a curiosidade ou que faça com que quem está acompanhando a narrativa pense: é exatamente isso que acontece comigo.

    Tudo vai depender do tipo de história que você está contando e da maneira como a mensagem precisa ser transmitida para essas pessoas. Esse detalhe, por sua vez, vai depender do perfil do público atingido pelo storytelling.

    6. Autenticidade

    Uma simples cópia não tem vez na criação de conteúdo, e é claro que isso não poderia ser diferente quando se trata de storytelling. É fundamental que você trabalhe de uma forma autêntica, criando histórias únicas, que abordem fatos ou situações reais.

    É claro que sempre tem um pouco de ficção, até porque nem sempre a narração vai trazer algo real. Mas é interessante abordar aquilo que costuma acontecer, o que as pessoas vivenciam, os problemas e os desafios que elas enfrentam.

    Quando o assunto é autenticidade, uma boa pedida é falar dos bastidores da sua empresa, mostrando detalhes exclusivos para seu público. Claro, nessa hora, vale a pena investir em uma linguagem que dialogue bem com a audiência.

    7. Diferentes formatos de conteúdo

    O interessante do storytelling no marketing de conteúdo é que você pode trabalhar diversos formatos, que devem ser escolhidos conforme o canal de divulgação e a mensagem que deseja transmitir.

    Uma das alternativas, por exemplo, é fazer a narração de histórias em posts para redes sociais. Isso ajuda a atrair a atenção da audiência e fazer com que ela se mantenha atenta àquele conteúdo por mais tempo.

    Outra opção para as mídias sociais são os stories. Por si só, esse tipo de conteúdo é bastante consumido. Então, se você aproveitar para incluir as histórias narradas, vai ser um sucesso.

    Mais um formato que pode ser utilizado são os blogposts. Com eles, temos ainda mais espaço para trabalhar uma história longa, já que você define a quantidade de palavras que o artigo vai ter. No entanto, leve em consideração que, dependendo do seu público, textos muito longos podem desincentivar a leitura.

    Por fim, temos os vídeos! Sabia que, segundo dados recentes aqui da HubSpot, 78% das pessoas assistem a vídeos online toda semana? Então, não deixe de apostar nesse tipo de conteúdo e aplicar técnicas de storytelling para deixar os vídeos do seu canal no YouTube ainda mais instigantes.

    8. Elementos visuais

    Acrescentar elementos visuais vai dar um toque especial para as suas narrativas. Isso porque eles ajudam a representar as situações e as emoções que o personagem principal está vivenciando.

    Então, capriche na hora de acrescentar esses elementos e tenha bastante cuidado para que eles estejam alinhados com o que está acontecendo, seja para representar uma cena, o cenário ou todo o contexto.

    Muitos profissionais usam bem a estratégia de storytelling no marketing. Como vimos, ela cria conexões, gera empatia e, com isso, ajuda a vender melhor. Então, nossa última dica é: comece e teste várias técnicas, sempre com foco nos objetivos e no público. Essa é a única forma de entender como sua audiência vai receber as suas histórias e quais são as suas preferências. 

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