Mulheres no mercado de trabalho: liderança feminina estimula a inovação e aumenta o faturamento

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Rakky Curvelo
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A segunda edição do estudo Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, realizado pelo IBGE, revela que a quantidade de cargos gerenciais ocupados por mulheres no mercado de trabalho equivale a 37,4%, contra 62,6% de homens na mesma posição. 

mulheres em posições de liderança

O mesmo material também aponta que as mulheres são maioria no banco das universidades, adquirindo maior conhecimento teórico, técnico e científico compartilhado no ensino superior. 

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    Cargos de liderança são ocupados por quem apresenta união da capacitação técnica e comportamental dos profissionais. Uma vez que mulheres são mais ativas na faculdade e chefiam grande parte dos lares brasileiros, essa condição se reflete de forma positiva no ambiente de trabalho. Neste artigo, explicaremos como. Acompanhe!

    Liderança feminina e desempenho organizacional 

    Organizações que buscam investir em uma cultura de igualdade de gênero e diversidade obtêm resultados melhores, principalmente os que envolvem a rentabilidade.

    É o que conclui o relatório Women in Business and Management: The Business Case for Change, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão relacionado à ONU.

    O relatório traz alguns dados que conectam a participação das mulheres no mercado de trabalho e a liderança feminina com o aumento do PIB:

    • a redução de 50% na diferença de gênero nas empresas pode representar cerca de 6% de aumento;
    • se países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Itália e Portugal tivessem a mesma participação de mulheres no mercado do que a Suécia, cuja participação é de 80%, o PIB poderia aumentar em mais de 6 trilhões de dólares;
    • estimativas do Fórum Econômico Mundial de 2017 apontam que, se a diferença de gênero em nível mundial fosse reduzida em 25%, seria acrescentado 5,3 trilhões de dólares ao PIB.

    O cenário impacta as empresas e o relatório chama a atenção para a influência do ensino superior nesse processo. Assim como no Brasil, as mulheres também são a maioria com formação superior em outros países, suprindo a falta desse pool de conhecimentos apresentados pelas lideranças masculinas. 

    Ainda que as mulheres possam se ausentar do trabalho por licença-maternidade estendida e trabalhar eventualmente em trabalho remoto devido ao cuidado com os filhos, os benefícios são maiores, provando que o preconceito do mercado de trabalho é infundado.

    O estudo é enfático: quanto mais mulheres na liderança, melhores são os resultados obtidos. Mais de 70 mil organizações em 13 países foram avaliadas e a conclusão é o aumento de 10% a 15% em rentabilidade, além da produtividade, criatividade e inovação nas áreas que possuem maior pluralidade de gênero.

    Os dados revelam, ainda, que empresas que investem em igualdade de gênero e na liderança feminina e declararam constatar desenvolvimento positivo na reputação da empresa são mais atrativas e conseguem reter talentos com mais facilidade. 

    Para se chegar aos resultados expostos acima, não basta ter o papel social de cuidar de famílias e ser maioria na faculdade. As posições de liderança ocupadas por mulheres no mercado de trabalho, em geral, apresentam algumas características em comum. Veja quais são elas. 

    1 - Evolução no trabalho em equipe

    Mulheres são extremamente competentes e demonstram entusiasmo e paixão pelo que fazem.

    Como gestoras, tomam decisões corajosas e sábias, auxiliando o ambiente da equipe a se tornar menos autoritário e mais cooperativo, proporcionando um espírito de família. Essa nova cultura incentiva o trabalho em equipe em todas as áreas da organização.

    2 - Melhora na comunicação interna da empresa

    Comunicação e resiliência são dois dos seus principais pontos fortes na liderança. As líderes femininas utilizam essas habilidades com o objetivo de melhorar o senso de clareza em conversas significativas e relevantes, como em reuniões de planejamento, entre outras situações. Isso permite que haja menos erros e equívocos na rotina de atividades dentro das equipes.

    3 - Resultado financeiro otimizado

    Com um ambiente de trabalho mais pluralizado, existe uma melhor possibilidade de aparecerem ideias criativas e inovadoras. Isso auxilia no progresso e no desenvolvimento sustentável dentro da companhia.

    A diversidade de gênero no ambiente de trabalho colabora com o aumento da produtividade e da criatividade, melhora o desempenho e a retenção de talentos e amplia a coletividade na organização como um todo.

    4 - Novas perspectivas

    A construção de equipes diversificadas para o trabalho possibilita o surgimento de novas perspectivas, que, consequentemente, contribuem para o desenvolvimento inovador do negócio.

    As mulheres na liderança podem contribuir com habilidades e visões diferenciadas, assim como com ideias que, combinadas, oferecerão um novo ponto de vista para as tomadas de decisão, levando a empresa para o topo da competitividade do mercado. 

    5 - Inteligência emocional

    A inteligência emocional é fator determinante para essa vantagem. É definida como a capacidade de equilibrar a razão e a emoção, de entender o que se sente e de ter empatia com os outros. Torna-se o elemento que influencia diretamente na capacidade de trabalhar e gerenciar uma equipe.

    É atribuído às mulheres um melhor desempenho nas relações interpessoais, característica muito apreciada nas lideranças. Além disso, geralmente pessoas do gênero feminino têm um maior poder de persuasão, ótimo para lideranças que necessitam realizar negociações.

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    Agora é hora de entender como incluir as mulheres nas lideranças das empresas e garantir os benefícios da diversidade de gênero para os negócios. O Fórum Econômico Mundial publicou algumas sugestões. Veja quais são elas.

    1. Combater a discriminação

    É essencial encorajar o combate a pequenos ataques e estabelecer regras rígidas contra o assédio e discriminação, através de um Comitê de Ética onde práticas contrárias à diversidade de gênero possam ser denunciadas.

    O espaço laboral deve ser um ambiente livre para o diálogo sobre temas complexos e também para que colaboradores possam compartilhar suas experiências a respeito do relacionamento que possuem com seus líderes. 

    2. Trabalhar o recrutamento

    As desigualdades de gênero começam no recrutamento e na seleção de profissionais. Para combater o problema, é preciso realizar descrições estratégicas de cargos, definindo previamente quais funções serão exercidas por homens e mulheres, deixando isso claro na divulgação da vaga. Os currículos devem ser triados de acordo com as requisições da função.

    3. Estabelecer o salário por função

    As empresas promovem a igualdade de gênero no local de trabalho quando são transparentes sobre a remuneração, trabalhando com um plano justo de cargos e salários. Dessa forma, garantem que as pessoas recebam pelo seu nível de conhecimento e pela senioridade do cargo que ocupam, não por serem homens ou mulheres.

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    O futuro das mulheres no mercado de trabalho

    Não há como negar que algumas transformações do mercado de trabalho têm sido importantes para que as mulheres consigam ocupar maiores e melhores espaços no mercado de trabalho.

    Publicado pela Bloomberg, o Índice de Igualdade de Gênero anualmente divulga as empresas de capital aberto que são modelo nas políticas inclusivas de gênero. Embora o número de empresas brasileiras seja pequeno — apenas 16 das 485 empresas listadas — ele apresenta um crescimento tímido, mas ainda assim está aumentando: em 2022, eram 13.

    Para compor a lista, a Bloomberg considera os seguintes fatores:

    • cultura inclusiva;
    • igualdade e paridade salarial entre gêneros;
    • liderança e processos de talentos;
    • marca externa;
    • políticas antiassédio sexual.

    Não apenas nas empresas de capital aberto, mas em geral, o que vemos são muitas empresas adotando uma cultura inclusiva por meio da flexibilidade, o que contribui para a entrada e permanência das mulheres no mercado de trabalho. É o caso do home office, um grande facilitador para pessoas com filhos.

    A McKinsey destaca que o papel da automação e de tecnologias e inteligência artificial nesse processo. Além do avanço tecnológico promover novas formas de trabalho, pode fazer com que até 160 milhões de mulheres troquem de emprego até 2030, avançando em suas carreiras.

    Nesse cenário, a tendência é que a disparidade salarial entre homens e mulheres diminua e as demissões se concentrem em cargos de baixa remuneração, e não de liderança. Isso significa que mulheres serão admitidas e retidas nas lideranças, mesmo com todos os obstáculos que o mundo corporativo impõe às pessoas do gênero feminino.

    Vale ressaltar que, no Brasil, 38% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. O índice está acima da América Latina, que detém média de 35%. Apesar de mulheres serem minorias, o país está caminhando. Em 2019, o número era de apenas 25%.

    Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo mercado de trabalho devido à pandemia, conseguimos crescer em mais de 10% a equidade de gênero nas empresas.

    Chegamos ao final do nosso artigo! Mulheres no mercado de trabalho possuem uma função importante na liderança de equipes, devido às suas habilidades de gestão e inovação. Os profissionais responsáveis pela área de gestão de pessoas nas empresas têm um papel estratégico no aproveitamento dos benefícios da liderança feminina. 

    Em paralelo, as empresas devem investir na diversidade de gênero e inclusão como um todo — internamente, com mulheres em cargos de liderança; externamente, criando uma marca democrática e respeitosa.

    Aproveite que está aqui e confira nosso artigo sobre marcas inclusivas!

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