Como Nelson Rodrigues pode ajudar a melhorar o seu blog

Guia de Copywriting
Marcos Tadeu
Marcos Tadeu

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Ao priorizar o conteúdo informativo de qualidade como denominador comum de todo o seu mecanismo, o Inbound Marketing se transformou em um promissor campo de trabalho para escritores, jornalistas e demais profissionais que, até então, encontravam-se alijados da confecção de textos de caráter eminentemente publicitários. Ao mesmo tempo, o Inbound Marketing se tornou um desafio para esses mesmos profissionais que se viram diante da tarefa de escrever artigos de blogs para "personas" na fase de conscientização (Awareness Stage) da jornada do comprador (Buyer's Journey).

melhore seu blog com a ajuda do Nelson Rodrigues

Imagine só o que diriam escritores e jornalistas que lidam com blogs otimizados se descobrissem que ninguém menos que o renomado escritor pernambucano Nelson Falcão Rodrigues, morto em 1980, serviria hoje como um modelo para artigos mais atrativos e menos baseados na velha fórmula da “introdução - desenvolvimento (intertítulos) - conclusão (CTA)”?

Não está enxergando a relação? Então veja só como a inventiva obra de Nelson Rodrigues se encaixa no Inbound dos dias de hoje.   

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Tudo pelas Personas

Nem sempre é fácil escrever, principalmente no mesmo dia, posts de blog sobre os mais diversos assuntos, variando de esportes até moda. Por mais generalista que seja a formação de qualquer profissional, sempre haverá temas que serão mais “difíceis” de abordar de acordo com o perfil de quem escreve. Nesse quesito, quem diria, Nelson Rodrigues tem muito a ensinar. 

Nelson, um leitor voraz dos maiores autores da literatura mundial desde criança, também se permitia escrever sobre as puerilidades do cotidiano para atingir um público formado essencialmente por donas de casa. Para tanto, criou o codinome de Suzana Flag para assinar folhetins, novelas rocambolescas cheias de reviravoltas, que visavam unicamente prender a atenção dos leitores, chegando a negligenciar a qualidade literária e o estilo que eram marcas registradas do autor de “A Vida como ela é”. 

Voltando aos dias atuais, antes de escrever qualquer post é preciso que, como Nelson, você assuma uma determinada postura, nem que para isso tenha que inventar um codinome imaginário ou incorporar determinado personagem. Muitas vezes sua persona ideal não terá necessidade de ler um texto em que você demonstre toda sua erudição, mas sim desfrutar de sua capacidade de discorrer sobre as trivialidades que ela espera. Seja Suzana Flag quando conveniente.  

Empobrecer o texto para enriquecê-lo

O tom do discurso e a linguagem utilizada são outros dois elementos de grande preocupação para os redatores de blogs. Não raro, muitos escritores de primeira viagem esbarram na formalidade excessiva, deixando os posts extremamente corretos, porém extremamente maçantes, como se fossem artigos científicos. Mais uma vez, a solução para a monotonia é Nelson. Grande adepto à escrita informal, Nelson Rodrigues chegou a retrucar críticas sobre seu estilo:

“Meus diálogos são realmente pobres. Mas só eu sei o trabalho que me dá empobrecê-los”.

No estágio de conscientização, nenhuma persona gostaria de ser chateada ou doutrinada com textos de blog enfadonhos e distantes de sua realidade. Fundamentalmente, a persona sempre procura um artigo que venha a ajudá-la de alguma forma, nem que seja para apenas distraí-la do estresse diário. Para conquistar essa persona com um blog, é necessário amadurecer a escrita de forma que ela atinja um grau espontâneo de informalidade, fazendo com que o leitor se sinta dentro de uma conversa franca.

Nelson, um fofoqueiro contumaz, adorava se inspirar no bate-papo alheio para compor seus personagens e suas tramas que atiçavam o imaginário coletivo. Faça como ele: fale a linguagem de suas personas e conte o que elas gostariam de ouvir.   

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Palavras-chaves como figuras literárias

Redator nenhum gosta de alterações no texto oriundas da inserção das palavras-chaves. Muitos consideram que esses elementos a serviço do SEO só servem para tirar frases do lugar e deixar os títulos mais “feios”. Mas, seguindo o léxico de Nelson, talvez os redatores passem a ver as inevitáveis palavras-chaves com outros olhos, não só como forma de ranquear os textos no Google, mas como poderosas figuras literárias.  

Ao longo de sua vasta obra, Nelson não tinha pudores em falar sobre seus amigos e desafetos em meio a crônicas. Usava a escrita como meio de provocá-los, nem que para isso tivesse que inserir o nome de um ou outro em textos que, no desenvolvimento, nada tinham a ver com eles. Como se dizia na época, Nelson era uma "Flor de Obsessão", pois adorava repetir termos e nomes em suas crônicas como forma de fixá-los na mente dos seus leitores.

Um dos exemplos mais famosos é o título da peça "Bonitinha, mas Ordinária ou Otto Lara Resende". Dotado de um espírito provocador,  Nelson incorporou a frase célebre do colega escritor  no corpo do texto “Mineiro só é solidário no câncer” e, ao anexar o nome do autor ao título, esperava que Otto Lara Resende se atentasse imediatamente e correspondesse, de alguma forma, à provocação literária.  

Outras expressões-chaves recorrentes do repertório rodrigueano:

  • “Sobrenatural de Almeida”
  • “Sem sorte não se come nem um Chicabon”
  • “É preciso alma até para chupar um Chicabon”
  • “Óbvio ululante”
  • “Toda unanimidade é burra”

Nelson morreu muito antes de saber o que viriam a ser o Inbound Marketing e as tais palavras-chaves. Mas, fosse vivo hoje, provavelmente encontraria um artifício bastante criativo e atrevido para adequar os termos mais procurados nos mecanismos de busca às suas crônicas. Faça você mesmo um teste da dimensão rodrigueana do Inbound. Jogue qualquer um dos termos acima no Google e confira o teor dos resultados.

Como você observou pelo controverso exemplo de Nelson Rodrigues, independentemente das personas e do Buyer's Journey que impulsionam o seu artigo de blog, textos sempre serão textos e, quanto mais bem escritos, melhor não só para a estratégia Inbound, mas também para o leitor.  O que vale, acima de tudo, é a criatividade, e, isso, Nelson tinha de sobra. E você, pronto para contornar o óbvio ululante? ebook dicas de copywriting

Tópicos: Blog

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