Você gosta de errar? Sinto muito, eu e Sheryl Crow adoramos! No caso da Sheryl, a curtição está nas escolhas amorosas equivocadas, como canta no hit “My Favorite Mistake”, lembra? No meu - que de cantor folk só tenho a alma - o prazer de errar consiste em aprender todos os dias um pouco mais sobre o Inbound Marketing, essa metodologia incrível que aos poucos vem conquistando um merecido espaço dentro das agências de marketing digital em todo país.
Os melhores especialistas do ramo podem pensar que se trata de suicídio profissional confessar erros tão impunemente num blog de tão largo alcance como o da HubSpot Brasil. Outros, podem sugerir que se trata nada mais do que ingenuidade ou mais um exercício de escrita livre. A verdade, meus amigos, é que demorou uma imensidão de fracassos para que eu descobrisse que a única forma de avançar no inbound é com a humildade de aprender com meus próprios erros.
Mais do que os acertos que, no fim do dia, não passam de gotas num grande balde de conhecimento, os erros se distinguem ao nos chutar as canelas, mostrando que, por mais que você olhe para cima, há sempre a possibilidade de escorregar num belo dia de sol. Neste post, você vai conhecer os meus 5 erros favoritos desde que embarquei nessa aventura musical intitulada inbound marketing:
1) Negligenciar o SEO
Todo mundo guarda na memória uma disciplina que sempre detestou no colégio. Bom, eu tinha pavor de Educação Física. Apresentava um desempenho razoável em todas as outras matérias, mas quando a aula era de Educação Física, cumpria só o protocolo para não levar bomba por faltas.
Meu primeiro e mais querido erro na estratégia inbound é fazer do SEO a minha aula de Educação Física. Tal como hoje os anos sem atividades físicas cobram um preço alto da minha saúde, os posts espetacularmente escritos - porém desprovidos de palavra-chave - passaram a empacar todo meu esforço intelectual com um número de visitantes nulo. Pelo menos até o momento em que finalmente me dei conta de que as palavras-chaves não são simples alegorias dispensáveis, elas conduzem todo o conteúdo por um caminho seguro e escaneável Google afora.
2) Fugir do Pitch
Como redator freelancer, já tive o prazer de escrever pelo menos uns 200 posts para blog em pouco mais de um ano, com os temas mais diversos. No entanto, não me lembro do assunto de nenhum deles, apenas dos que foram solenemente rejeitados pelos revisores. Receber um e-mail com o subject: “Tarefa Reprovada” exige nervos de aço e 100% de humildade. Mas, se nessas horas conseguimos ultrapassar a vaidade, somos capazes de dar um salto de fé na aprendizagem.
Ora, por mais textos bem sucedidos que incorporemos ao currículo, nunca vão deixar de existirem “pitchs” ou pautas que irão nos pegar de jeito, seja denunciando o nosso completo desconhecimento sobre o assunto ou a nossa pura e simples presunção. Foi assim que, ao ver minha pauta sobre “Como se relacionar com as pessoas no dia a dia” ser rejeitada, desvendei que o erro estava no meu ponto de vista narrativo de um grande anti-social. Inbound Marketing, quem diria, também é autoconhecimento.
3) Brigar com clientes
Quem nunca perdeu a razão com um cliente chato? Aposto que deve estar pensando em um monte agora, né? Pois vá tirando todo esse ódio do seu coração, assim como aprendi a tirar o meu. Os clientes são nada mais do que o reflexo daquilo que nos comprometemos a entregar a eles.
No Inbound, é fundamental que o cliente faça parte da estratégia com a agência, como se fosse o décimo segundo jogador. Se ele não responde como deveria ou mesmo atravanca as jogadas, pergunte a si mesmo se por acaso não é você que está falhando em deixar o esquema tático devidamente claro para que o cliente consiga entender o próprio papel. Antecipe-se às dúvidas e dores do seu cliente e você verá que, sim, tudo são flores nesse relacionamento aparentemente difícil.
4) Restringir o conhecimento a certificados
Milhares de certificados estão aí na internet, disponíveis para quem deseja fazer uma carreira brilhante em marketing digital. No entanto, ainda que os “badges” das suas conquistas casem muito bem com sua página no LinkedIn, eles não podem significar um conhecimento que começou e ficou por isso mesmo: uma bela ilustração no seu perfil profissional.
Não é à toa que a HubSpot Academy concede certificados que expiram depois de um ano, obrigando você a retomar os estudos periodicamente. Só que o inbound não para de evoluir e ficar atrelado a conceitos ultrapassados pode significar sua obsolescência num mercado altamente competitivo. Leia blogs, livros, escreva e interaja com as mais diversas comunidades. Deixe o Inbound Marketing entrar na sua corrente sanguínea e, no caso da Hubspot, desvende cada recurso da sua ferramenta. Adivinha só: gente só aprende mesmo é na prática!
5) Desprezar as métricas
Como produtor de conteúdo, convivia com a falsa impressão de que números não tinham nada a ver comigo: estivesse o site ou blog gerando ou não leads, o problema era do setor comercial. E eu que me limitasse a escrever um post “matador” - só para reproduzir um adjetivo recorrente da nossa área.
Quanto tempo desperdicei pregando para o vento, até que passei a observar a performance de cada post no Google Analytics? Não, meus leitores não queriam saber de palavras rebuscadas, eles queriam soluções. Decidi, enfim, dar a eles apenas o que desejavam: a geração de leads aumentou e o CAC diminuiu, para a alegria de um tal de ROI.
Poderia estender essa lista até cansar, mas acredito que você já tenha pegado o espírito do inbound. Chega de expiação em praça pública, né? Mas, antes de finalizar, é bom ressaltar que não só dos nossos próprios erros vive uma estratégia exitosa. Muitas vezes revisores, clientes, chefes e colegas de equipe poderão não compreender o que fazemos, correndo o risco de prejudicar todo o processo. Em vez de apontar o dedo, que tal avaliar uma melhor forma de contribuir para a fluidez da estratégia?
Em Inbound Marketing, a análise é inerente a todo o processo, não é o que aprendemos na hora de tirar o certificado da Hubspot? Essa é uma resposta atualmente válida para uma das dezenas de perguntas do questionário, mas também um ensinamento que merece ser aplicado em toda a nossa vida.
E você, como tem lidado com seus erros no Inbound Marketing? Sabia que um big mistake é deixar de compartilhar artigos que você acha interessante?
