Como empresa do ramo de tecnologia, o Google dispensa apresentações. É um das maiores nomes do mercado e conseguiu explorar diferentes áreas do setor: desde serviços em nuvem até análises, passando pela fabricação de dispositivos e chegando ao que representa a nova era: a IA do Google.
Em dezembro de 2023, a empresa anunciou um grande passo nesse sentido: o seu novo modelo Gemini. Uma tecnologia que promete revolucionar o que conhecemos como Inteligência Artificial (IA), trazendo um alto nível de produção de diferentes mídias.
Por aqui, vamos explicar para você como a IA do Google funciona e quais são as suas funcionalidades. Confira!
O que é a IA do Google?
O Gemini é um exemplar extremamente avançado de IA do Google. Um modelo multimodal, capaz não só de combinar diferentes informações, mas também de organizá-las e compreendê-las de forma rápida e eficaz. Ela não combina apenas dados do mesmo tipo, mas pode juntar informações de diferentes categorias, como imagens, vídeos, áudios e até linguagem de programação.
Os modelos multimodais de IA não são nada novos, mas o Gemini se destaca por se diferenciar na forma como foi treinado. Nos exemplares padrões, cada componente é treinado separadamente para, depois, serem juntados, conseguindo executar suas atividades. Nesse sentido, podem descrever imagens, mas se precisam fazer tarefas que exijam raciocínio mais complexo, têm dificuldade — e a criação do Gemini muda tudo.
Os especialistas do Google conseguiram avançar mais um passo no uso da tecnologia de Inteligência Artificial. Como foi antecipadamente treinada em diferentes modalidades, a IA do Google consegue compreender e raciocinar sobre os vários dados em que foi exposta desde o começo.
Como surgiu a IA do Google?
É uma tecnologia criada pela junção de diferentes equipes do Google, especialmente, os membros do Google Research. A ideia era que fosse uma tecnologia multimodal para conseguir não só combinar e operar, mas generalizar e compreender diversos tipos de informações como um ser humano.
Quais são as suas versões?
De maneira geral, o Gemini continua na sua primeira versão 1.0. Ela foi categorizada em três diferentes modos para atender as demandas específicas dos usuários, eles são:
- Ultra: é a com maior capacidade tanto de lidar com dados como de realizar tarefas. Consegue fazer ações realmente complexas;
- Pro: essa é uma versão que consegue executar uma série de tarefas;
- Nano: específica para tarefas em dispositivos móveis.
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Quem pode usar a IA do Google?
Outra característica do Gemini é ser um modelo altamente flexível. Pode ser usado tanto em grandes data-centers quanto para dispositivos móveis. No entanto, precisamos dividir o seu uso entre o usuário comum e os desenvolvedores. Vamos entender melhor a seguir. Continue!
Usuário comum
O usuário comum poderá encontrá-lo integrado ao Bard, a ferramenta de Inteligência Artificial do Google. Ela consegue gerar respostas a partir de informações da internet, algo muito parecido com o ChatGPT. Ainda apenas na versão inglesa, já está disponível para 170 países e territórios.
A ideia é que com esse upgrade, o usuário comum possa fazer brainstorming, planejar, escrever e compreender informações. Além disso, também estará disponível no Pixel 8 Pro, o smartphone da Google que foi projetado exclusivamente para rodar o Gemini Nano. Também, há um plano para a tecnologia estar daqui a um tempo no Ads e Duet AI.
Desenvolvedores
Agora, no caso dos desenvolvedores, o Google liberou recursos mais avançados que podem ser acessados por meio da API no Google AI Studio ou Vertex Ai. O primeiro sendo disponibilizado gratuitamente é baseado em linguagem Web e recomendado para desenvolvedores ou empresas que querem criar seus próprios protótipos de aplicativos, além de oferecer a possibilidade de lançamento.
O Google também tem o objetivo de lançar o Bard Advanced em 2024 — uma experiência que permitirá o contato com os melhores modelos de IA, incluindo o Gemini Ultra.
Quais são as funções?
Como vimos, o Gemini promete mudar completamente o que conhecemos como IA, não só pela sua alta capacidade de processamento de dados, mas porque conseguirá combinar e compreendê-los de forma muito mais eficiente e parecida com um humano. Nesse sentido, suas funções podem ser divididas em criação e compreensão de:
- textos;
- áudios;
- imagens;
- vídeos;
- linguagem de programação.
Quando a IA do Google pode ser usada?
Existem muitas possibilidades quando se trata da IA do Google, até porque, diversos serviços do Google já integram as suas funcionalidades para tornar o trabalho muito mais eficiente. Entre o que podemos destacar estão: Google Assistant, Google Search, Google Analytics e Google Translate.
Vamos saber mais a seguir!
Google Assistant
Os assistentes de voz se tornaram muito populares nos últimos anos. Todos conhecem a Alexia e a Siri. Essas ferramentas são acionadas pelo comando de voz e integradas a dispositivos podem realizar pequenas funções.
A Assistente Virtual da Google já tem se integrado à IA da Google há um tempo. A empresa alimenta a ferramenta com dados, além de aperfeiçoar seu desempenho para poder entender e trazer as respostas certas aos comandos de voz dos clientes.
Ela também pode ser programada para comunicar lembretes, enviar mensagens, fornecer a previsão do tempo ou as últimas notícias e até controlar outros dispositivos.
Google Search
No último ano, com a popularização do Chat GPT, muitos buscadores passaram a integrar a IA ao seu funcionamento. O Google não apenas criou o Bard que é o seu próprio Chat, mas também desenvolveu um recurso próprio de Inteligência Artificial, SGE (Search Generative Experience).
Além disso, o Google está desde 2018 utilizando o neural matching, uma tecnologia que ajuda na compreensão de conceitos mais complexos na pesquisa. Sendo assim, os algoritmos conseguem analisar não apenas a palavra-chave, mas toda a consulta ou a página web para entender se o que foi apresentado tem relação com o que o usuário procura.
Google Analytics
O Google Analytics é uma ferramenta bastante conhecida por muitos profissionais de marketing digital e SEO. É fundamental para analisar o desempenho de sua página na web e descobrir informações sobre o tipo de público que acessa, quanto tempo fica, entre outras informações.
Nos últimos anos, com diversos produtos do Google, ela passou por atualizações que a integram com a IA da empresa. Basicamente, a Inteligência Artificial é utilizada para melhorar a capacidade de análise da ferramenta, ajudando a identificar as tendências, fazer previsões, entre outros.
Google Translate
A Google também utiliza a sua IA para melhorar a capacidade de tradução do Translate. Desde 2016, a IA GNMT (Google Neural Machine Translate). Uma estrutura de aprendizado auxilia para a ferramenta ser capaz de traduzir mesmo sem nenhum treinamento.
O que era completamente diferente antes: quando era necessário treinar pares de línguas juntos. Por exemplo, no caso do inglês e português, utilizavam diferentes exemplos para o tradutor aprender. Agora, é possível fazer uma combinação completamente nova sem a necessidade de preparar modelos anteriores. O tradutor é perfeitamente capaz de traduzir.
O que é Search Generative Experience?
Como já adiantamos no post anterior, o setor de busca do Google passou por uma nova transformação com a adição do SGE ou Search Generative Experience. Esse recurso baseado em IA generativa poderá gerar um texto com as informações dos resultados de busca.
Basta o usuário fazer a sua pesquisa que o SGE responderá como se fosse o Chat GPT e ainda disponibilizará pelo menos três links que servirão de referência para a resposta. Além disso, algumas perguntas complementares serão sugeridas para o usuário complementar a sua pesquisa.
Qual o passo a passo para receber respostas com a IA do Google?
Aqui, nos concentraremos no uso do SGE, lembrando que ainda não está disponível no buscador do Google de forma geral. Para ter acesso é preciso ir em: https://labs.google.com/search.
Assim que a página abrir, você verá um questionário de ativação do SGE, é só arrastar para o lado para ativar o recurso. Depois, é só clicar em experimentar um exemplo.
Quando clicar, será redirecionado para a página de buscas. Uma pesquisa será apresentada como exemplo.
Pronto. Agora toda a pesquisa que fizer no Google terá ao lado o botão Gerar. É só clicar para a IA ser ativada e crie um texto com a resposta. Você pode continuar a sua busca, clicando em Saiba Mais para saber sobre essa tecnologia.
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Quais os benefícios de utilizar a IA do Google?
A IA do Google não é só um avanço para o processamento e combinação de informações, mas também auxiliará uma série de atividades criativas. Criar um texto, um áudio, vídeo e até desenvolver de forma mais rápida a linguagem de programação será potencializado com a tecnologia de IA do Google.
A seguir, vamos entender melhor.
Atividades criativas
Embora para muitos, a criatividade seja um dom, ela na verdade é uma habilidade. Como toda habilidade pode ser aperfeiçoada. Com a chegada dos recursos de IA do Google, aumentam as possibilidades de tornar mais rápido e eficiente as tarefas criativas.
Por exemplo, no caso de um texto, o usuário poderá ter sugestões de ideias, frases e até mesmo de estrutura para desenvolver sua própria peça. A ferramenta poderá fazer o texto inteiro, cabendo ao usuário editar, adicionar alguns exemplos. Correções automáticas de imagens são outro exemplo de como a IA pode ser usada, acelerando processos de edição.
Maior eficiência
Existem várias atividades otimizadas com o uso de IA, a busca por informações, é um exemplo. Os algoritmos de IA do Google tem a capacidade de interpretar e encontrar facilmente aquele dado que você precisa.
Também com alta capacidade de combinação de informações, ela pode facilitar muito a criação de diferentes mídias. Por exemplo, um redator, pode utilizá-la para ajudar na gerar títulos, meta-descriptions e descrições de várias peças em questão de segundos.
Ajuda na segurança financeira
As aplicações de IA do Google tem um papel fundamental para melhorar o serviço de segurança dos sistemas bancários. Seus algoritmos ajudam na análise e detecção de comportamento suspeitos.
Tudo feito em tempo real, auxiliando para as transações financeiras serem executadas com tranquilidade, além de assegurar o cuidado com os dados dos clientes. Com a Inteligência Artificial do Google, ainda é possível desenvolver modelos para otimizar investimentos.
Personaliza a experiência
A IA é um ótimo recurso para auxiliar a tornar a experiência mais personalizada. Aliás, para quem trabalha no setor de varejo, essa ferramenta pode ajudar a acertar na hora de entrar em contato.
Por meio de seus algoritmos, a IA fornece informações importantes sobre o padrão de comportamento, ela pode recomendar produtos específicos, prever possíveis problemas, além de melhorar o gerenciamento de suprimentos, estoque, melhorando a logística.
Maior produtividade
É evidente que o uso de qualquer tipo de IA pode auxiliar no aumento da produtividade. Até porque, essa é uma tecnologia que potencializa as nossas ações, especialmente aquelas que requerem o uso de dados como referência. Com a Inteligência Artificial é possível atingir uma alta capacidade de combinação de informações.
O usuário poderá processar dados de diferentes fontes e desenvolver com muita facilidade textos, áudios e vídeos. Quando se trata de fazer pesquisas, por exemplo, nada de ficar minutos procurando pela informação certa, é possível gerar a resposta que você procura em questão de minutos.
Como vimos, ao longo deste texto, a IA é uma tecnologia que veio para ficar. De maneira geral, esse recurso proporcionou uma revolução na forma como produzimos nossos conteúdos, sejam eles: vídeos, textos, imagens e até áudio. Portanto, essa tecnologia mostra um grande passo para a nossa produtividade e capacidade de processamento de informações.
O Google enxergou essa possibilidade e desenvolveu a sua própria ferramenta. O Gemini é uma IA do Google que promete revolucionar a forma como os dados são processados e combinados. Com versões tanto para usuários quanto desenvolvedores, é uma ferramenta que dará o pontapé inicial em uma nova forma de produzir com Inteligência Artificial.
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